Projeto de leitura: “O meu amigo pintor” – 5º ano A e B

Neste bimestre trabalhamos o livro complementar “Linéia no jardim de Monet”. O livro trás a maravilhosa biografia de Claude Monet e imagens riquíssimas do seu jardim em Giverny na França. Pelo qual foi a inspiração que tivemos para iniciar nossa releitura da “Ponte Japonesa”. Com as mãos na obra usamos tinta e lápis colorido, de uma forma dinâmica, divertida e totalmente espontânea.

Espero que tenham gostado, eu adorei!

Beijos

Tia Andréia

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Projeto de leitura: “Bisa Bia, bisa Bel” – 4º ano A e B

Neste projeto o livro “A colcha de retalhos” trouxe a história do valor afetivo familiar.

Felipe gostava muito de ir à casa da avó. Além dos bolos e doces deliciosos que ela preparava, vovó também era uma ótima contadora de histórias. Um belo dia, quando o neto a ajudava a fazer uma nova colcha, em meio a retalhos coloridos, desenhados e cheios de história, os dois foram, juntos, reunindo e costurando lembranças. A partir desse dia, Felipe passou a compreender algo até então desconhecido: o sentido da saudade!

Beijos com saudades!

Tia Andréia

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Projeto de leitura: “Fabulas palpitadas e Felpo Filva” – 3º ano A e B

A leitura das fábulas enriquece o cotidiano escolar, estabelecendo relações com os fatos e comportamentos do dia a dia. Neste projeto trabalhamos na hora do conto o livro “ A raposa e a galinha” da coleção “Meus clássicos favoritos”. Tornando o momento descontraído e educativo.

Na história de Felpo Filva trabalhamos o respeito às diferenças, refletindo sobre os sentimentos de quem sofre a ação, como traumas e a solidão.

E para dinamizar o nosso projeto fizemos a dobradura do coelho.

Gostei…

Beijos

Tia Andréia

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Projeto de leitura: “O curumim que virou gigante” – 2º ano A e B

O objetivo do nosso projeto é estimular e desenvolver o gosto e o prazer pela leitura, ampliando o universo imaginário do aluno. E por meio da arte, soltar sua criatividade, desenvolvendo suas habilidades artísticas e se envolver em suas próprias emoções!

Nosso trabalho ficou show!

Beijos e abraços!

Tia Andréia

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Projeto de leitura: “No imenso mar azul” – 1º ano A e B

Conforme as ilustrações do livro, fizemos uma pesquisa sobre o peixe palhaço para poder retratar através da arte sua imagem. Com muita vontade e dedicação colocamos a “mão na massa”. Escolhemos uma ilustração do livro e fizemos a releitura, utilizando tinta, pincel, papel colorido e papel cartão!

Amei!

Beijos

Tia Andréia

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Projeto de leitura: “A margarida friorenta” – Pré II A e B

Ao demonstrar o carinho e o amor que sentimos que seja da forma mais simples, sempre é muito bom. Ao trabalharmos os livros “Macaquinho” e “O homem que amava caixas”, vimos que há várias formas de demonstrar o amor. E uma delas é em um simples desenho. Então juntamos tudo e criamos a nossa margarida!

Ficou lindo, adorei!

Beijos

Tia Andréia

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Projeto de leitura: “O ratinho e a casa” – Pré I A e B

O livro do ratinho tem muitas maneiras de explorar, um dos temas que trás consigo é “A Casa”, que podemos trabalhar de diversos modos. Um dos modos trabalhados foi o vídeo da casa, de Andrés Lieban e de Vinicius de Moraes.

Além dos contos na sala de leitura elaboramos também uma forma gostosa e descontraída os ratinhos de papéis e barbantes!

Espero que tenham gostado.

Beijos

Tia Andréia

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Projeto de Leitura com 5º ano A e B.

Livro trabalhado: O menino que trocou de sombra (complementar de “A bolsa amarela”).

De acordo com o livro trabalhado durante o bimestre em sala de aula com a professora, trabalhei alguns livros complementares. Entre eles “O menino que trocou de sombra” de Walcyr Carrasco. Ele conta: Zé Luís tinha uma sombra esperta que mudava de forma e tamanho conforme a quantidade de luz. Um belo dia, o inquieto menino decidiu mudar de sombra. Depois de muita conversa, convenceu um elegante gato a fazer a troca. Mas bastou chegar em casa e começaram os problemas. Principalmente com seu cachorro Joli, que não sabia se abanava o rabo para o dono ou se rosnava para o bichano. Diante de tantos problemas, ele decidiu trocar de sombra de novo. Agora por uma de passarinho. Mas vieram outros problemas. Até que sentiu saudades da sua sombra, e ela volta para o seu dono. Que prometera não mudar mais de sombra.

Para dinamizar a história fizemos de conta que gostaríamos de trocar a nossa sombra, cada aluno escolheu por qual trocaria. Desenhamos no papel color 7 preto e recortamos:

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Espero que tenham gostado!

Beijos Tia Andréia

Uma biblioteca e os anjos ajoelham

Ignácio de Loyola Brandão

No metrô, lia o jornal e pensava como é pequeno e pretensioso esse goleiro Rogério Ceni menosprezando a jogada de Robinho e o gol do Santos. Ele não viu mérito no Robinho, viu desatenção da sua zaga. Aliás, o Ceni poderia se aposentar com mais dignidade. Então, cheguei ao meu destino, Carandiru. Lá está a Biblioteca São Paulo. Muitos anos atrás, quando Maria do Rosário, minha mãe, mulher simples de Araraquara, exclamava ao saber que uma coisa boa tinha acontecido: “Os anjos estão ajoelhados.” Na segunda-feira, quando saltei do metrô e atravessei a extensa e ensolarada Praça da Juventude, rumo à biblioteca, percebi que no céu os anjos estavam ajoelhados e provavelmente as 11 mil virgens também, agradecendo por mais uma biblioteca nesta cidade. Confesso que, além dessas legiões espirituais, também os escritores, professores, leitores estão agradecendo. Quem abre uma biblioteca deve receber indulgência plenária. Quantos ainda sabem o que são indulgências? Neste Brasil, onde livros custam caro, as bibliotecas são a solução. Na infância e juventude, tive a sorte de contar com duas. A do meu pai onde li de Quo Vadis a Os Sertões, de Robinson Crusoe a A Ilha do Tesouro, de O Rio de Janeiro do Meu Tempo, de Luiz Edmundo (e como eu gostava), a Ouro Sobre Azul, de Taunay. Também não me esqueço que li em “profundidade” Nossa Vida Sexual, de Fritz Khan, que meu pai escondia atrás dos livros.

Depois, veio a fase da biblioteca municipal que tem o nome de Mário de Andrade. Almoçava, voava para a Prefeitura e me enfiava na mesa, devorando livros. Lemos, meu grupo e eu, tudo o que era legível. Depois, diversificamos. Hugo Fortes, que seria advogado, transitou pela Revista dos Tribunais, porque lá havia, sem que atinássemos com a razão, centenas de volumes. Sergio Fenerich circulou por dentro dos 116 volumes de Camilo Castelo Branco. Os livros de Jorge Amado ficavam trancados numa gaveta, menores não podiam levar, ler. Sei o que é uma biblioteca, sua aura, seu espírito. Eu me fiz dentro delas, muitas vezes lendo ao lado de Luis Roberto Salinas Fortes, Zé Celso, Marco Antonio Rocha, Wallace Leal ou Sidney Sanches que mais tarde foi desembargador e presidiu o Supremo Tribunal Federal. Coube a ele decretar o impeachment do Collor. Quem pode com Araraquara…? Que responda o Celso Lafer, que conhece como funcionam os tentáculos da cidade. Ou FHC, que levou a Ruth de lá.

Na Biblioteca São Paulo, circulando pelo saguão tomado pela luz do sol (Viva! Uma biblioteca iluminada, ventilada, não soturna), antes de subir para a ala dos adultos, vi as fileiras de computadores e os montes de livros infantis ao alcance das mãos. E gibis, hoje histórias em quadrinhos. As crianças poderão agarrar, ler, olhar, mexer, virar, que livro é feito para ser manipulado, assim é que a gente se apaixona por objetos e pessoas. Tocando, cheirando, sentindo, deixando-se penetrar. Basta de bibliotecários proibindo, não mexa, não rasgue, não leve, não estrague, não deite no chão, não, não, não. Biblioteca é divertimento. Claro, alguns deveres, algum sentido de responsabilidade. Uma vez, décadas atrás, ao me separar, minha ex-mulher mudou-se para Campo Grande, os meninos entraram para a escola. Fui visitá-los e Daniel naquele dia demorou para o almoço. Quando entrou em casa estava “pê” da vida. Tinha feito alguma transgressão e a diretora o prendeu… na biblioteca. Naquela escola, a biblioteca era sinônimo de punição. Castigo? Biblioteca!

Bibliotecas são lugares de prazer, convívio, leitura, diversão, devedês, cedês, teatro, música, computador, paquera, tudo o que agita o mundo. Nada de solenidades. O espaço da Biblioteca São Paulo, estatal, repousada sobre um verde luminoso, dissolverá os fluidos deixados pelo presídio. Bela ideia a de aproveitar o lugar, imenso, agora aconchegante, dirigido por Magda Montenegro. Escritores mesmo vi poucos na inauguração: Celso Lafer, Jorge Caldeira, Fernando Henrique Cardoso, José Gregori. Megalivreiros como Samuel Seibel e Pedro Herz. Acrescento Nina Horta com seus livros deliciosos, além dos canapés que ela serviu. O de papoula, ah, meu Deus! Tomara servissem todos os dias. Bibliotecárias vieram de Sorocaba, Batatais e outras cidades. E o Luis Alves, da editora Global, o Hubert Alquéres e o Carlos Haddad da Imprensa Oficial, o Goldfarb, que comanda o Jabuti (vai dar um Jabuti para a nova biblioteca?), a Roseli, da Câmara Brasileira do Livro, a Mona Dorf ? tão lindinha ?, que tem programa de literatura na internet (Letras e Leituras www.letraseleituras.com.br). Livros e biblioteca foram a festa no começo da semana, tomara continuem a ser pelo ano, pela vida.

Alguém veio me perguntar se concordo com que moradores de rua possam retirar livros. Sim, se quiserem, também eles têm o direito de ler. E se roubarem? Povo não rouba livro, respondi, em geral quem rouba é intelectual e estudante universitário duro. Já dei muito livro a morador de rua aqui na João Moura. Dei até óculos. Tinha um que lia e relia a Bíblia, devia saber de cor. Dei a ele John Updike, Antonio Torres, Menalton Braff, Luiz Ruffato, Márcia Denser, Joca Reiners, Ivana de Arruda. Adorou. Quem conhece Brasília sabe que ao longo da W 3, que atravessa a cidade, os pontos de ônibus abrigam as estantes do centro cultural T Boné, com centenas de livros. Você apanha, leva, devolve outro dia, em outro ponto. As estantes ficam abertas dia e noite. Ninguém rouba, ninguém destrói. Acreditemos no povo.

Mírian Q. Rocha
Bibliotecária

“O menino que vendia palavras”

Olá queridos leitores,
vejam o que Marisa Lajolo escreveu sobre o livro “O menino que vendia palavras”, autoria de Ignácio de Loyola Brandão.  O título consta no nosso projeto de leitura, direcionado ao 5º ano. Que delícia!!!

Beijos com um suspiro de poesia para todos!
Mírian Rocha

O menino que vendia palavras

Marisa Lajolo

Ignácio de Loyola Brandão, paulista de Araraquara, tem nome de santo e não é por acaso: nasceu no dia de Santo Inácio de Loyola, 31 de julho, em um tempo em que santos católicos inspiravam nomes para recém nascidos. E do nome dele, a nomes alheios, é só um passo: Loyola até hoje se lembra do nome de todas suas professoras: à Dona Lourdes, dona Ruth, Dona Dayse e Dona Noemi dedica O menino que vendia palavras (Objetiva, 2007), livro com que, em 2008, ganhou o maior prêmio brasileiro de literatura, o prêmio Livro do Ano de Ficção da Câmara Brasileira do Livro.

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Parece que a vida de Loyola foi desde cedo cheia de escritas e de leituras além de apitos de trem – seu pai era funcionário da Estrada de Ferro e sua casa era cheia de livros. Formado em escolas públicas de Araraquara, foi ainda em sua cidade natal que ele teve suas primeiras experiências intelectuais. De colaboração em jornais da cidade a artigos na Cláudia, na Realidade, Planeta, Vogue, Lui, Ciência e Vida o caminho foi longo e hoje o encontramos semanalmente em O Estado de São Paulo.
Para além do jornalismo, sua obra literária é vasta, variada, muito lida, reconhecida, premiada e traduzida. Estréia em 1965 com os contos de Dentes ao sol e em 1976 escreve seu primeiro livro para crianças e jovens, Cães danados que fazia parte de prestigiosa Coleção do Pinto .
Em O menino que vendia palavras, Loyola conta uma história que diz que é verdadeira. Mas, como ele também diz (numa entrevista) que gosta que os leitores pensem que seus livros têm fundo autobiográfico, a gente pode ficar com a orelha atrás da pulga. Será verdade? Provavelmente é, mas nem precisava ser, tão interessante ela é.
O menino que vendia palavras, como o título anuncia, conta a história de um menino que vendia palavras, isto é, que vendia o conhecimento do significado das palavras.Na verdade, quem sabia o que queriam dizer as palavras que o menino vendia era o pai dele, mas era o menino quem lucrava com este conhecimento paterno: desafiava os cole-gas a descobrirem palavras que seu pai desconhecesse e ganhava todas as apostas. Era pago com chicletes, balas, figurinhas, essas miudezas de criança.
A história é divertida e muito boa.
Dependendo do leitor, o significado dela passa por diferentes caminhos. Alguém pode se divertir com o livro, caindo na tentação de se comparar ao pai do menino, testando seu vocabulário: o leitor sabe o que querem dizer todas aquelas palavras, gorgolão, catáfora?Alguns empacam em procrastinar…
Já outros leitores podem encontrar no texto uma defesa apaixonada da leitura, prática da qual resulta a superioridade do homem que conhecia todas as palavras. Pode bem ser: esta interpretação é politicamente corretissíssima … Mas ler dicionário também aumenta o vocabulário e em outra entrevista, Loyola conta que lia o dicionário. Mas, quem é que briga com leitor? Ninguém deve brigar, leitor tem sempre razão. Sobretudo leitor alheio. Afinal, cada um faz o melhor que pode para atribuir significado ao que lê, e o melhor é entrar na contradança, e também rodopiar alguns palpites de leitora.

Por que gostei da história e acho-a muito boa?

O livro me impressionou como uma espécie de metáfora da profissão de escritor, história que bem pode ser lida como uma discussão do profissionalismo no mundo das palavras. Ai palavras, ai palavras, que estranha potência a vossa … adverte Cecília Meireles. E tem razão a poeta. Sua advertência é secundada por Veríssimo-Filho, que se define um gigolô das palavras.
Assim, gigolô ou vendedor de palavras, na outra extremidade do arco da leitura – este gesto que reúne quem escreve e quem lê- temos o leitor, voyeur da gigolagem, comprador de palavras empacotadas em livros. O leitor paga. E quem ganha? Em nossa tradição, escritor foi sempre uma categoria profissional muito mal compreendida e pior remunerada. Dizer que Fulano ou Beltrano é um escritor profissional não é uma forma de desqualificá-lo? Parece que é … As biografias de escritores cinco estrelas sublinham sempre que eles nasceram, viveram e morreram pobres, quando não miseráveis, como Lima Barreto no Brasil e Camões em Portugal.
Então, o menino que vendia palavras, protagonista da divertida e premiada história de Loyola bem pode ser emblema dos estratagemas e picardia de que escritores verdadeiros têm de lançar mão para que o produto de sua escrita se transforme em honroso ganha-pão.
Na história, a iniciativa do menino se embaralha na malandragem dos colegas, que o desafiam a descobrir o significado da inexistente palavra zaltrosa. O negócio desanda e o pai lhe prega um belo e oportuno sermão sobre logro, engano e negócios. Mas fica, no horizonte da história, uma idéia luminosa, a hipótese de um dicionário das palavras ainda por inventar…
Nesta passagem, talvez se possa ler outra metáfora, agora da literatura, livrinhos e livrões que se inventam a cada novo poema, a cada nova história. Como esta bela história que Loyola criou e a partir da qual seus leitores podem criar outra história: por exemplo, a história de zaltrosa, a pequenina flor que nasce apenas do lado de lá do Salto Grande, e que a princesinha da Morada do Sol pediu para o pastorzinho colher, como prova de seu amor …

Fonte: Tigre Albino: revista de poesia infantil. http://www.tigrealbino.com.br/livro.php?idvolume=a9ca1602e448bbedfa2b4a5b3fa4f10e#77a33d8312f217ea0a910e2405db1273